Nos dias 02, 03 e 04 de setembro de 2025, a cidade de Foz do Iguaçu (PR) se transformou mais uma vez na capital latino-americana da aquicultura e da pesca. Realizado no Hotel Recanto das Cataratas, a sétima edição do International Fish Congress & Fish Expo Brasil (IFC Brasil 2025) consolidou-se como o maior fórum de debates, negócios e inovação da cadeia produtiva do pescado na região, reunindo 2500 participantes, entre profissionais, empresários, pesquisadores, lideranças governamentais e entidades setoriais do Brasil e do exterior.
Ao longo de três dias intensos, a programação trouxe debates estratégicos sobre o futuro da aquicultura e da pesca, apresentações científicas, feira de negócios, festivais gastronômicos, atividades culturais e ações de sustentabilidade que reforçam a crescente relevância do setor no cenário global.
União e maturidade do setor
Para a CEO do IFC Brasil, Eliana Panty, a sétima edição demonstrou a força da união setorial e a confiança no futuro do pescado:
“O IFC 2025 reflete a maturidade do setor, um momento de resiliência, mas de muita união. O IFC chamou e o público veio, de todo o Brasil, da América Latina, de países da África, e estavam aqui reunidos, focados num único objetivo: aumentar o consumo de peixe, olhando para o mercado interno com uma visão muito otimista. Boa parte das tecnologias apresentadas aqui já tem destino certo: vão para as mãos de empreendedores, agroindústrias e associações, resultado dos negócios gerados dentro da Fish Expo. O IFC 2025 é marcado por essas conexões, por essa união do setor, tudo em torno dessa proteína valiosa vinda da água.”
A fala resume o espírito que norteou os encontros e as negociações: aliar inovação tecnológica à estratégia de fortalecimento da cadeia produtiva e ampliação do consumo de pescado no Brasil e no mundo.
Números que impressionam
De acordo com o presidente do evento, o ex-ministro da Pesca Altemir Gregolin, os resultados da edição 2025 superaram expectativas:
“O IFC Brasil foi um sucesso. Tivemos mais de 2.500 participantes, mais de 100 marcas de empresas, incluindo companhias dos Estados Unidos e da Espanha, 52 conferencistas de 7 países, mais de 30 horas de conteúdo e um congresso extraordinário, com temas de conjuntura, estratégia, organização da cadeia produtiva e mercado. Além disso, uma feira belíssima, com lançamentos mundiais de tecnologias, máquinas e equipamentos tanto para a indústria do processamento quanto para a piscicultura. Estamos felizes, o novo formato foi acertadíssimo: livre acesso para o produtor, congresso de manhã, feira à tarde, muita participação e união do setor. E já convido a todos para a 8ª edição em setembro do próximo ano.”
Esses números confirmam a importância crescente do IFC como vitrine internacional e catalisador de negócios para toda a cadeia do pescado.
Destaques do setor produtivo
O evento ocorreu em um momento de expansão da aquicultura no Brasil. Em 2024, a produção nacional atingiu 968,7 mil toneladas, com crescimento de 9,2% em relação ao ano anterior. A tilápia, principal espécie cultivada, alcançou o recorde de 662,2 mil toneladas, correspondendo a 68,36% da produção total, um avanço histórico de 14,3% em apenas um ano.
O Paraná, estado anfitrião, reafirmou sua posição de liderança nacional e internacional, com destaque para as exportações que somaram US$ 35,7 milhões, quase dois terços do faturamento brasileiro de pescado cultivado no mercado externo. Além da dimensão econômica, a piscicultura paranaense foi valorizada por sua organização setorial, avanços tecnológicos e práticas sustentáveis, fatores destacados em painéis e debates do congresso.
Inovação, sustentabilidade e cultura
A feira de negócios e os congressos temáticos dividiram espaço com uma rica programação cultural e gastronômica. O Corredor do Sabor – Agricultura Familiar, em parceria com o MDA, apresentou a diversidade da produção rural paranaense, com cerca de 20 famílias ofertando frutas, queijos, embutidos, geleias e produtos orgânicos.
Na área da gastronomia, o evento trouxe a Cozinha Show, em parceria com a Abrasel e a Setu, que promoveu aulas práticas e degustações criativas de pescado. Além disso, o público prestigiou o 1º Festival da Tilápia, o 6º Festival do Tambaqui e workshops sobre aproveitamento integral do pescado, iniciativas que reforçam o incentivo ao consumo interno.
Outro destaque foi o espaço dedicado à moda sustentável, com o talk “Das águas às passarelas”, que apresentou o uso do couro de peixe como alternativa inovadora e ecológica. O segmento movimentou US$ 40 milhões em 2024 e tem projeção de ultrapassar US$ 220 milhões até 2033, demonstrando forte crescimento global. Estilistas, designers e empreendedores mostraram como peles de tilápia, pirarucu e salmão podem se transformar em bolsas, roupas e acessórios sofisticados, fortalecendo a economia circular e agregando valor à cadeia produtiva.
Encerramento e perspectivas
Mais do que números e negócios, o IFC Brasil 2025 se destacou por ser um espaço de conexões, aprendizado e integração de toda a cadeia produtiva, reafirmando o papel estratégico do Brasil como potência da Economia Azul.
Com sete eventos simultâneos, congressos científicos organizados pela Unioeste e Unila, o 6º Encontro Mulheres das Águas, festivais culturais e lançamentos tecnológicos, a sétima edição marcou um novo patamar na história do IFC.
O balanço final demonstra que o evento vai além do setor produtivo: promove desenvolvimento regional, fomenta inovação, valoriza a agricultura familiar e mostra que o pescado pode ser protagonista em diferentes frentes — da mesa à passarela.
O desafio agora é ampliar ainda mais os horizontes. Como destacou Gregolin, a expectativa já está voltada para as próximas edições do IFC Brasil, que prometem trazer novas experiências, parcerias e resultados ainda mais expressivos.
Apoio e patrocínios:
A 7ª edição do IFC Brasil – International Fish Congress & Fish Expo Brasil é correalizada pela Fundep (Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-graduação), Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), UFPR (Universidade Federal do Paraná) e a sua Fundação, a Funpar. O IFC Brasil 2025 tem o patrocínio do IFPR (Instituto Federal do Paraná), do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), da Itaipu Binacional, da Copel (Companhia Paranaense de Energia), do Governo do Paraná, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Caixa Econômica Federal, Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) e Governo Federal.
Apoiam o IFC Brasil a ABIPESCA (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), PEIXE BR (Associação Brasileira da Piscicultura), Unila (Universidade Federal da Integração) e Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).
Sobre a ApexBrasil:
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.
CNPJ: 10.500.653/0001-93
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